Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
1.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 34(3): 107-112, mar. 2012. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-624735

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar a influência do estado nutricional materno, ganho de peso e consumo energético sobre o crescimento fetal em gestações de alto risco. MÉTODOS: Estudo prospectivo de agosto de 2009 a agosto de 2010, com os seguintes critérios de inclusão: puérperas até o 5º dia; gestação de alto risco (caracterizada por complicações médicas ou obstétricas durante a gravidez); feto único e vivo no início do trabalho de parto; parto na instituição; peso materno aferido no dia do parto, e presença de intercorrência clínica e/ou obstétrica caracterizando a gravidez como de alto risco. O estado nutricional foi avaliado pelo índice de massa corporal pré-gestacional e no final da gestação, sendo as pacientes classificadas em: baixo peso, adequado, sobrepeso e obesidade. Para avaliação do consumo energético foi aplicado o Questionário de Frequência de Consumo Alimentar. Foram investigados o ganho de peso materno, dados do parto e resultados perinatais, investigando-se o crescimento fetal pela ocorrência de neonatos pequenos para a idade gestacional e grandes para a idade gestacional. RESULTADOS: Foram incluídas 374 gestantes que constituíram 3 grupos de estudo, de acordo com a adequação do peso do recém-nascido: idade gestacional adequada (270 casos, 72,2%), pequenos para a idade gestacional (91 casos, 24,3%) e grandes para a idade gestacional (13 casos, 3,5%). Na análise univariada, as mulheres com neonatos pequenos para a idade gestacional apresentaram média significativamente menor do índice de massa corporal pré-gestacional (23,5 kg/m², p<0,001), do índice no final da gestação (27,7 kg/m², p<0,001) e maior proporção de baixo peso materno pelo índice no final da gestação (25,3%, p<0,001). As mulheres com neonatos grandes para a idade gestacional apresentaram média significativamente maior do índice de massa corporal pré-gestacional (29,1 kg/m², p<0,001), do índice no final da gestação (34,3 kg/m², p<0,001) e maior proporção de sobrepeso (30,8%, p=0,02), e obesidade (38,5%, p=0,02) pelo índice pré-gestacional, e obesidade pelo índice no final da gestação (53,8%, p<0,001). Pela análise multivariada, foram identificados como fatores independentes para neonatos pequenos para a idade gestacional o valor do índice de massa corporal no final da gestação (OR=0,9; IC95% 0,8-0,9, p<0,001) e a presença de hipertensão arterial (OR=2,6; IC95% 1,5-4,5, p<0,001); e identificados como fatores independentes para neonatos grandes para a idade gestacional o diagnóstico de diabetes mellitus (OR=20,2; IC95% 5,3-76,8, p<0,001) e a obesidade pelo índice de massa corporal no final da gestação (OR=3,6; IC95% 1,1-11,7, p=0,04). CONCLUSÃO: O estado nutricional materno no final da gravidez de alto risco está associado de forma independente ao crescimento fetal, sendo o índice de massa corporal materno no final da gestação um fator protetor para o neonato pequeno para a idade gestacional e a obesidade fator de risco para o neonato grande para a idade gestacional.


PURPOSE: To analyze the influence of maternal nutritional status, weight gain and energy consumption on fetal growth in high-risk pregnancies. METHODS: A prospective study from August 2009 to August 2010 with the following inclusion criteria: puerperae up to the 5th postpartum day; high-risk singleton pregnancies (characterized by medical or obstetrical complications during pregnancy); live fetus at labor onset; delivery at the institution; maternal weight measured on the day of delivery, and presence of medical and/or obstetrical complications characterizing pregnancy as high-risk. Nutritional status was assessed by pregestational body mass index and body mass index in late pregnancy, and the patients were classified as: underweight, adequate, overweight and obese. A food frequency questionnaire was applied to evaluate energy consumption. We investigated maternal weight gain, delivery data and perinatal outcomes, as well as fetal growth based on the occurrence of small for gestational age and large for gestational age neonates. RESULTS: We included 374 women who were divided into three study groups according to newborn birth weight: adequate for gestational age (270 cases, 72.2%), small for gestational age (91 cases, 24.3%), and large for gestational age (13 cases, 3.5%). Univaried analysis showed that women with small for gestational age neonates had a significantly lower mean pregestational body mass index (23.5 kg/m², p<0.001), mean index during late pregnancy (27.7 kg/m², p<0.001), and a higher proportion of maternal underweight at the end of pregnancy (25.3%, p<0.001). Women with large for gestational age neonates had a significantly higher mean pregestational body mass index (29.1 kg/m², p<0.001), mean index during late pregnancy (34.3 kg/m², p<0.001), and a higher proportion of overweight (30.8%, p=0.02) and obesity (38.5%, p=0.02) according to pregestational body mass index, and obesity at the end of pregnancy (53.8%, p<0.001). Multivariate analysis revealed the index value during late pregnancy (OR=0.9; CI95% 0.8-0.9, p<0.001) and the presence of hypertension (OR=2.6; 95%CI 1.5-4.5, p<0.001) as independent factors for small for gestational age. Independent predictors of large for gestational age infant were the presence of diabetes mellitus (OR=20.2; 95%CI 5.3-76.8, p<0.001) and obesity according to body mass index during late pregnancy (OR=3.6; 95%CI 1.1-11.7, p=0.04). CONCLUSION: The maternal nutritional status at the end of pregnancy in high-risk pregnancies is independently associated with fetal growth, the body mass index during late pregnancy is a protective factor against small for gestational age neonates, and maternal obesity is a risk factor for large for gestational age neonates.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Pregnancy , Energy Intake , Fetal Development , Nutritional Status , Pregnancy, High-Risk , Prenatal Nutritional Physiological Phenomena , Weight Gain , Cross-Sectional Studies , Prospective Studies
2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 33(10): 280-285, out. 2011. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611344

ABSTRACT

OBJETIVO: Analisar os resultados da avaliação da vitalidade fetal em gestações complicadas por plaquetopenia materna moderada ou grave. MÉTODOS: No período de abril de 2001 a julho de 2011, foram analisados, retrospectivamente, os dados de prontuários de 96 gestantes com diagnóstico de plaquetopenia na gestação. Foram analisados os seguintes exames de avaliação da vitalidade fetal realizados no período anteparto: cardiotocografia, perfil biofísico fetal, índice de líquido amniótico e doplervelocimetria das artérias umbilicais. RESULTADOS: Foram analisadas 96 gestações com os seguintes diagnósticos: plaquetopenia gestacional (n=37, 38,5 por cento), hiperesplenismo (n=32, 33,3 por cento), púrpura trombocitopenica imune (PTI, n=14, 14,6 por cento), plaquetopenia imune secundária (n=6, 6,3 por cento), aplasia medular (n=3, 3,1 por cento) e outros (n=4, 4,1 por cento). A cardiotocografia apresentou resultado normal em 94 por cento dos casos, o perfil biofísico fetal com índice 8 ou 10 em 96,9 por cento e o índice de líquido amniótico >5,0 cm em 89,6 por cento. A doplervelocimetria da artéria umbilical apresentou resultado normal em 96,9 por cento. Na análise dos principais grupos de plaquetopenia, constatou-se que o diagnóstico de oligohidrâmnio foi significativamente mais frequente no grupo com PTI (28,6 por cento) quando comparado aos demais (gestacional: 5,4 por cento e hiperesplenismo: 9,4 por cento, p=0,04). CONCLUSÕES: O presente estudo permitiu concluir que, nas gestações complicadas pela plaquetopenia materna moderada ou grave, apesar do bem-estar fetal manter-se preservado na grande maioria dos casos, em gestantes com PTI é importante o seguimento da vitalidade fetal com ênfase na avaliação do volume de líquido amniótico, devido à sua associação com a oligohidramnia.


PURPOSE: To analyze the results of assessment of fetal well-being in pregnancies complicated by moderate or severe maternal thrombocytopenia. METHODS: Data from April 2001 to July 2011 of 96 women with a diagnosis of thrombocytopenia in pregnancy were retrospectively analyzed. We analyzed the following tests performed during the antepartum period for fetal assessment: cardiotocography, fetal biophysical profile, amniotic fluid index and umbilical artery Doppler velocimetry. RESULTS: A total of 96 pregnancies with the following diagnoses were analyzed: gestational thrombocytopenia (n=37, 38.5 percent) hypersplenism (n=32, 33.3 percent), immune thrombocytopenic purpura (ITP, n=14, 14.6 percent), secondary immune thrombocytopenia (n=6, 6.3 percent), bone marrow aplasia (n=3, 3.1 percent), and others (n=4, 4.1 percent). Cardiotocography showed normal results in 94 percent of cases, a fetal biophysical profile with an index of 8 or 10 in 96.9 percent and an amniotic fluid index >5.0 cm in 89.6 percent. Doppler umbilical artery velocimetry showed normal results in 96.9 percent of cases. In the analysis of the major groups of thrombocytopenia, the diagnosis of oligohydramnios was found to be significantly more frequent in the group with ITP (28.6 percent) compared to the other groups (gestational thrombocytopenia: 5.4 percent and hypersplenism: 9.4 percent, p=0.04). CONCLUSIONS: This study indicates that in pregnancies complicated by moderate or severe maternal thrombocytopenia, even though the fetal well-being remains preserved in most cases, fetal surveillance is important in pregnant women with ITP, with emphasis on amniotic fluid volume evaluation due to its association with oligohydramnios.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Pregnancy , Fetal Monitoring , Pregnancy Complications, Hematologic , Thrombocytopenia , Retrospective Studies , Severity of Illness Index
3.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 27(12): 712-718, dez. 2005. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-429417

ABSTRACT

OBJETIVO: verificar os padrões da freqüência cardíaca de fetos grandes para a idade gestacional (GIG), em gestantes com diabete melito pré-gestacional. MÉTODOS: sessenta e quatro gestantes diabéticas pré-gestacionais foram avaliadas semanalmente quanto à vitalidade fetal. Os critérios de inclusão foram: diagnóstico pré-gestacional de diabetes melito, gestacão única, feto vivo, ausência de anomalia fetal e cardiotocografia computadorizada realizada na 37ª semana. Os critérios de exclusão foram: diagnóstico pós-natal de anomalia fetal e parto não realizado na instituicão. Os padrões da freqüência cardíaca fetal (FCF) foram investigados pela cardiotocografia computadorizada (Sistema-8002 Sonicaid). Os parâmetros foram analisados de acordo com a classificacão pela adequacão do peso do recém-nascido em GIG (acima do percentil 90 para a idade gestacional). Os parâmetros cardiotocográficos incluíram: FCF basal, aceleracões, episódios de alta variacão, episódios de baixa variacão e variacão de curto prazo. RESULTADOS: do total, 42 pacientes preencheram os critérios propostos. Houve 10 recém-nascidos GIG (23,8 por cento). A cardiotocografia apresentou resultado normal em todos os casos. As aceleracões da FCF (superiores a 15 bpm) estavam presentes em 7 (70 por cento) dos casos GIG e em 29 (90,6 por cento) dos casos não GIG (p=0,135). A freqüência dessas aceleracões foi maior no grupo não GIG (1,5n1,3 aceleracões/10 min) quando comparado ao grupo GIG (0,8n0,9 aceleracões/10 min, p=0,04, teste de Mann-Whitney). Os episódios de alta variacão foram detectados em todos os casos. A média da variacão nesses episódios foi diferente no grupo GIG (16,2n2,5 bpm) quando comparado ao não GIG (19,7n4,2 bpm, p=0,02, teste de Mann-Whitney). CONCLUSÕES: os padrões da FCF verificados em fetos não GIG (maior freqüência de aceleracões e a maior variacão da FCF em episódios de alta variacão) refletem parâmetros comumente analisados pela cardiotocografia tradicional na higidez fetal. Esse fato sugere a existência de padrões indicativos de melhor condicão de oxigenacão dos fetos menos comprometidos pelos efeitos do diabetes na gravidez.


Subject(s)
Female , Pregnancy , Adolescent , Adult , Humans , Cardiotocography , Diabetes Mellitus , Fetal Macrosomia , Heart Rate, Fetal
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL